Sistema Digestório

Sistema digestivo: entenda como funciona!

Função do Sistema Digestório:

• Hidrolisar e digerir nutrientes.
• Absorver nutrientes com alta eficiência.
 • Função hormonal.
 • Função de defesa.

Vamos dar um panorama geral no caminho do alimento;


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 • Mastigação – função de digestão mecânica do alimento, proporcionada pela dentição.
 • Língua – percepção do paladar, manipulação do alimento e deglutição.
 • Glândulas salivares – compostas por seis. Duas parótidas, duas submandibulares e duas sublinguais. 

A saliva
 É produzida pelas glândulas salivares e composta por: 
• Água e mucoproteínas. 
• Anticorpos – IgA.
• Amilase salivar – Enzima que hidrolisa amido e glicogênio formando maltoses.
• pH natural = aproximadamente 7
• Formação do bolo alimentar. 

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 A DEGLUTIÇÃO
 • Após a formação do bolo alimentar, a língua empurra o alimento em direção a faringe e se inicia o peristaltismo.
 • A faringe é uma via comum entre o sistema digestório e respiratório. 
• Epiglote – válvula cartilaginosa presente no ápice da laringe, sua função é obstruir a laringe e permitir a passagem do alimento para o esôfago



Video: Deglutição


O esôfago
 • Tubo formado por mucosa com epitélio estratificado pavimentoso.
 • Musculatura lisa responsável pela peristalse. 
• Deslocamento do alimento para o estômago. 
• Comprimento médio de 40cm.
 • Presença de esfíncter esofagiano inferior – cárdia – com função de impedir o refluxo do alimento do estômago. 

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O estômago
 • Órgão composto por mucosa formada por epitélio simples cilíndrico, musculatura lisa e serosa.
 • pH = 2 – 3.
 Células importantes: 
• Célula parietal (oxíntica) – produção de HCl.
 • Célula principal (péptica) – produção de pepsinogênio.
 • Célula G – produção de gastrina 
• Célula enterocromafin – produção de grelina.


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Suco gástrico
• pH = 2-3 
• HCl = proteção contra bactérias, proporciona meio ideal para ativação do pepsinogênio em pepsina. • Pepsinogênio = enzima proteolítica inativa.
 • Pepsina = enzima proteolítica ativa. 
• Hidrolisa proteínas em peptídeos menores.
• Sua liberação é estimulada por:
 • Estimulo nervoso – Nervo VAGO!
 • (X par craniano).
 • Estimulo endócrino – Gastrina.
 • Hormônio liberado pelas células G estomacais. 
• Formação do quimo!




Grelina (hormônio da fome)
 • Produzida pelas células enterocromafins. 
• Aumento da produção com o estômago vazio. 
• Diminui a produção com estômago distendido.
 • Atua no centro da fome hipotalâmico, gerando estímulo!!!
 • Reduz o gasto energético corporal. 

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Intestino Delgado
• Dividido em 3 porções:
 • Duodeno – 30cm aproximadamente
 • Jejuno-íleo – 4m aproximadamente.
 • Digestão e absorção de nutrientes e água.
 • Produção hormonal. 
• Órgão linfóide. 

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 Duodeno
 • Primeira porção do intestino delgado, logo após o piloro, recebe o quimo estomacal.
 • Recebe a secreção biliar das vias biliares e vesícula biliar.
 • Recebe a secreção pancreática. 
 • Produção hormonal e absorção.

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REGULAÇÃO DAS SECREÇÕES BILIARES E PANCREÁTICAS

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Regulação das secreções biliares e pancreáticas
 • Secretina – hormônio liberado pelo duodeno na presença do quimo ácido, estimula a liberação de bicarbonato de sódio pelo pâncreas. 
• Colecistocinina – hormônio liberado pela presença de nutrientes, principalmente gordura no duodeno.
 • Estimula a liberação da BILE pela vesícula biliar. 
• Estimula a liberação das enzimas do suco pancreático. 

Bile
• A Bile é um fluido composto por: 
• Colesterol.
 • Sais minerais.
 • Água.
 • Sais biliares (esteroides).
 • Os sais biliares são os mais importantes, eles atuam emulsificando as gotas de gordura em gotículas menores. 
• Favorecem a ação das lipases.

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Suco Pancreático
• Composto por enzimas e bicarbonato de Na.
 • Bicarbonato de Na – alcaliniza o pH ácido do quimo, tornando levemente alcalino. pH = aprox 8. • Enzimas – agora veremos uma série de enzimas pancreáticas, cada uma digerindo seus nutrientes específicos. 
 • Amilase pancreática –  Hidrolisa amido e glicogênio em maltoses.
 • Lipase pancreática –  Hidrolisa triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol.
 • Nuclease – Hidrolisa ácidos nucleicos em nucleotídeos. • Todas essas enzimas já são secretadas ativas.

Enzimas Proteolíticas
 • Todas são feitas inativas, sua ativação ocorre dentro do duodeno.
 • Tripsinogênio > tripsina. 
• Quimotripsinogênio > quimotripsina.
 • Propeptidases > peptidases.
 • Elas não podem ser feitas ativas para evitar digestão do próprio pâncreas

ATIVAÇÃO DAS PROTEASES

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 ENZIMAS PROTEOLÍTICAS 
• Tripsina e quimotripsina – Hidrolisam peptonas / peptídeos menores em dipeptídeos. 
• Peptidases –  Hidrolisam dipeptídeos em 2 aminoácidos. 

Jejuno-íleo
 • Possuem suas próprias enzimas entéricas.
 • Realizam absorção de muitos nutrientes orgânicos. 
• Absorção de diversos sais.
 • Produção hormonal.
 • Produção de glóbulos brancos.
 • Absorção de vitaminas!
 • Formação do quilo!


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Enzimas Entéricas
• Essas enzimas estão presentes nas membranas das células da mucosa intestinal (dissacaridases) ou são liberadas dentro da cavidade. 
• Lipase entérica –  Hidrolisa triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol. 
• Nucleotidase - Hidrolisa nucleotídeos em pentoses, bases nitrogenadas e fosfatos. 
• Carboxipeptidases –  Hidrolisam dipeptídeos em aminoácidos. 
Dissacaridades: 
•Maltase – Maltose > 2 glicoses. 
• Sacarase – Sacarose > glicose + frutose.
 • Lactase – Lactose > glicose + galactose. 

// RESUMO DAS ENZIMAS! 




 Mucosa Intestinal
 • Formada por epitélio simples cilíndrico com microvilosidades.
 • Aumentam a superfície de contato com o alimento potencializando a digestão e absorção.
 • Enterócitos.


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 Intestino Grosso
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 • pH ácido por meio da fermentação bacteriana.
 • Não ocorre mais digestão enzimática.
 • Principal local de absorção de água e formação do bolo fecal.
 • Terminado no RETO, onde existe o esfícter anal, formado por musculatura estriada esquelética.

Video: Colonoscopia


Caso Clínico:
 Paciente masculino vem para consulta no consultório de cirurgia digestiva procurando informações sobre o procedimento de cirurgia bariátrica.

 QP: excesso de peso, cansaço, não consegue perder peso apenas com dieta e exercícios. 

HDA: paciente relata que desde adolescente sempre foi acima do peso, e a partir de 17 anos começou a engordar progressivamente. Atualmente está com obesidade grau III, IMC > 40.

 HPP: nenhuma doença relatada. 

Hsocial: relata que está acompanhado por nutricionista; realizando dieta adequada e exercícios físicos aeróbios 4x / semana.

 Exame físico: paciente com exame físico normal, apresentando apenas obesidade. 

 CONDUTA: 
 O paciente já tem indicação de cirurgia bariátrica. 
Devemos solicitar exames de risco cirúrgico.
 Aguardar adaptação ao regime de atividades físicas e dieta.
 Encaminhar para acompanhamento com endocrinologia.
 • Agendar by pass gastroduodenal com reconstrução em Y de Roux. 

BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX:

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Explicação:
Após a realização da cirurgia bariátrica do caso, explique os motivos que provocam intensa redução de peso. O paciente corre o risco de apresentar futuramente hipovitaminoses? Esse risco é maior com lipossolúveis ou hidrossolúveis? 

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