Reversão do envelhecimento (em camundongos)



  




   A partir do momento que a célula começa se suicidar - realizar apoptose -, por conta da perda do telômero, tem-se o processo de envelhecimento do organismo. Foi bem devido a esse fato que a ovelha Dolly, que ficou mundialmente conhecida como o primeiro clone ou o primeiro mamífero a ser clonado, morreu jovem. Apesar de ter sido um filhotinho, o fato foi que ela já recebeu cromossomos com os telômeros desgastados e, como eram células adultas, não produziam mais telomerase (enzima responsável pelo crescimento dos telômeros), ou seja, ela envelheceu de maneira precoce, ou, em uma segunda compreensão, já nasceu envelhecida. 

  O "a título de ilustração" acima foi feito para iniciar uma outra conversa: a relação entre telômero e envelhecimento, e como podemos usar isso para alcançar a imortalidade - exagero. 

  Após uma aula de citogenética um questionamento muito básico, que está longe de ser bobo, é feito - pelas mentes mais inconformadas: "Por que os cientistas não dão telomerase para as pessoas depois de adultas? Assim elas não envelheceriam.".... Vamos, então, aos fatos:

1. Não é só o encurtamento dos telômeros que causa o envelhecimento.

2. As células cancerosas produzem telomerases full time.

Ou seja, acredita-se que sair dando telomerase para as pessoas fomenta a criação de um cenário favorável ao desenvolvimento do câncer. 

Mas, esse experimento já foi feito! Vamos a ele;

Um grupo de pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer da Espanha (CNIO)  produziu camundongos geneticamente modificados. Neles tinham 3 genes que conhecemos como responsáveis pelo combate ao aparecimento do câncer, ou, como alguns cientistas preferem: "genes supressores do crescimento". Logo em seguida, foi sendo ministrada telomerase a esses camundongos, a fim de que os telômeros não encurtassem. Concluindo a pesquisa: eles não tiveram câncer e aumentaram até 40% a mais seu tempo de vida normal. 

Outras relações foram feitas com o resultado obtidos nessa abordagem experimental.

Para mais informações: CNIO

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